quarta-feira, 29 de junho de 2011

UJC/GO APÓIA MOVIMENTO GREVISTA NA UFG E NAS UNIVERSIDADES DE TODO O PAÍS

Em nota pública, desejamos aqui manifestar nosso apoio ao movimento grevista dos trabalhadores das Universidades Públicas no Brasil e, em especial, na Universidade Federal de Goiás.
A greve é a principal arma do trabalhador contra o patrão. É com o movimento paredista que o trabalhador deixa de ser um mero inconformado e passa a ser a mola da transformação social no país.
Sob a tutela dos grandes capitalistas, que comandam o Estado Brasileiro, ditando todas as ações do governo Dilma, a Universidade Pública brasileira sofre ataques constantes. Há um estrondoso apoio às universidades privadas e o sucateamento das universidades públicas.
A UJC defende uma universidade popular, isto é, uma universidade que esteja comprometida não com os interesses dos grandes monopólios, mas voltada para as necessidades dos trabalhadores.
A construção dessa nova universidade passa necessariamente pela valorização de todos os trabalhadores da educação. E por isso, junto com vocês, trabalhadores da educação, exigimos:
1.    Apresentação de recursos orçamentários para serem alocados no piso da Tabela Salarial para 2011 ou 2012;
2.     Propostas que resolvam a questão do VBC e reposicionamento de aposentados, com ampliação de direitos para 2011;
3.     Avanços nas propostas que possibilitem resolução sobre a racionalização de cargos, ainda em 2011;
4.     Resolução do Anexo IV, com ampliação de percentual horizontal para todas as classes e reajuste dos benefícios, a partir de 2011.
1. Extensão das 30 horas semanais para todos na UFG;
2. Não implantação do ponto eletrônico no HC/UFG;
3. Estabelecer com os(as) Trabalhadores(as) do HC os critérios de distribuição da Gratificação do Adicional de Plantão Hospitalar (APH);
4. Por melhores condições de trabalho: mapeamento dos locais de risco e melhoria das condições em locais insalubres; ampliação do quantitativo de pessoal na Comissão de Insalubridade;
5. Saúde do trabalhador com realização de exames periódicos e adoção de medidas preventivas; 
6. Cumprimento do Mandado de Injunção que garante a aposentadoria especial para os filiados do Sindicato.

domingo, 19 de junho de 2011

Congresso da UEE-MG


A União da Juventude Comunista participará nos dias 23 a 26 de junho do Congresso da União Estadual dos Estudantes de Minas Gerais. A UJC esta construindo o Movimento Universidade Popular com lideranças estudantis e estudantes independentes que se identificam com as propostas apresentadas pela Juventude Comunista.

Elegemos delegados na UFMG, PUC-Coração Eucarístico e UEMG-BH e estamos nos preparando para uma boa participação política no Congresso da UEE-MG.


O congresso ocorrerá em Divinópolis e estamos nos preparando para garantir a presença da militância da juventude comunista e dos estudantes universitários ligados ao nosso movimento.

No último congresso a UJC através da Tese A HORA É ESSA! garantiu uma importante vitória para o movimento estudantil universitário de Minas Gerais a realização do Conselho Estadual de Entidades de Base de caráter estatuinte.

Três chapas se configuram para o Congresso:

Os setores ligados ao Governo Federal articulam uma chapa que esta sendo formada pela Juventude do PT, do PCdoB e do PMDB. Este campo político forma hoje a direção majoritária da entidade.

No campo da oposição moderada se encontram a Juventude Socialista do PDT e a Juventude Rebelião. No tocante ao debate de conjuntura nacional ambos apoiaram decididamente a eleição de Dilma desde o primeiro turno contribuindo para que a UEE-MG ficasse submissa a campanha presidencial do PT. A JS do PDT por sua vez defende e participa do Governo Anastasia e apoiou o Governo Aécio. Em que pese as contradições deste campo político serão aliados táticos em algumas votações importantes.

A União da Juventude Comunista impulsionará a formação de uma Chapa de Oposição Independente com coletivos e estudantes que buscam no dia a dia do movimento estudantil construir uma nova perspectiva para as entidades gerais dos estudantes pautada entre outras coisas na autonomia do movimento estudantil em relação aos governos e reitorias, no debate sobre Universidade Popular e na defesa do poder das entidades de base. A Juventude do PSOL e outros coletivos independentes já sinalizaram positivamente para a contrução desta chapa.

Desde a reconstrução da UEE-MG a UJC se fez presente nos fóruns da entidade. No Conselho Estadual de Entidades de Base do ano passado apresentamos uma proposta de reorganização do movimento estudantil universitário de Minas Gerais e da Entidade Estadual pautada na construção do Movimento Estudantil pela base.

Outra questão importante que a UJC apresentará no Congresso da UEE-MG é a campanha "O Minério tem que ser nosso!" que reune partidos de esquerda, mandatos parlamentares, sindicalistas e ambientalistas para que o povo trabalhador tenha acesso as riquezas advindas da mineração e que esta atividade econômica possa ser realizada respeitando o meio ambiente.


segunda-feira, 13 de junho de 2011

Chapa com participação da UJC/PCB vence eleição para o DCE da UFF

Rio de Janeiro

Em uma eleição extremamente polarizada, a chapa "Cante a Primavera" composta por militantes do PSOL, da UJC/PCB e independentes contabilizou mais de 44% dos votos, vencendo as eleições para o Diretório Central dos Estudantes, em segundo lugar ficou a Chapa 3 "Reinventar" (UJS,PT e PMDB), com um pouco mais de 37 % dos votos. As chapas 2 (ANEL) e 5 (LSR) ficaram empatadas tecnicamente com cerca de 7 % da votação e, em último lugar, ficou a chapa 3 (PT socialista) com 3%.

Polarizou a eleição o debate defensivo sobre o caráter público da universidade e a independência do DCE em relação à reitoria e a governos. Nas palavras do estudante Elton J. da Silva, militante da UJC/PCB, “é visível o crescimento de setores conservadores e governistas na universidade, muito em função da aliança com grupos de interesse privado (cursos pagos) e com a reitoria”. Elton espera que o DCE, nesta próxima gestão, qualifique os debates e defenda a independência do movimento estudantil: “Para nós, esta gestão pode e deve representar uma contraofensiva ideológica aos ataques governistas e privatistas pelos quais a universidade vem passando, uma contra ofensiva que construa projetos alternativos às demandas dos estudantes e das classes populares,ou seja, a construção do movimento pela universidade popular na UFF!”

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Anita Leocádia, filha de Luis Carlos Prestes e Olga Benário, ministrou palestra na UFG


Na noite de sexta-feira, dia 3 de junho, o auditório da Faculdade de História da UFG recebeu uma visita ilustre: a professora e historiadora Anita Leocádia Prestes, filha dos militantes Luis Carlos Prestes e Olga Benário. Ela ministrou uma detalhada palestra acerca da Coluna Prestes, que percorreu o Brasil entre os anos 1925 e 1927. O auditório esteve lotado durante toda a sua fala e, além dos muitos universitários e pesquisadores interessados, também os estudantes do cursinho pré-vestibular FazArte estavam presentes.


Anita Leocádia iniciou sua explanação fazendo um panorama da situação do país durante a república velha (a chamada república do café com leite). Ela chamou a atenção para as diversas insatisfações que existiam no Brasil àquela época, que abarcavam desde o setor rural – analfabeto e sem direito ao voto – até as demais oligarquias nacionais, que estavam afastadas da esfera de alternância do poder (que envolvia apenas São Paulo e Minas Gerais).


Uma vez contextualizada a situação nacional à época, Anita Leocádia tratou do movimento tenentista, que foi uma expressão do descontentamento dos militares em relação aos desmandos da antiga república, e da Coluna Prestes, que pode ser considerada como o momento ápice do tenentismo. O movimento tenentista esteve forte na década de 20, e tinha ideais simplificados: destituir o presidente em exercício, Artur Bernardes, e introduzir o voto secreto, entre outros, com a esperança de conseguirem uma política mais honesta e preocupada com o povo brasileiro.


A Coluna Prestes se formou a partir do levante de Santo Ângelo, no Rio Grande do Sul (RS) , um dos três levantes do movimento tenentista. O primeiro destes, conhecido como Revolta dos 18 do Forte, fracassou. Depois de quase um ano (no decorrer do qual tiveram de despistar várias investidas do governo federal) os revoltosos do RS e do estado de São Paulo se encontraram no Paraná. Lá, muitos desistiram da luta e se exilaram na Bolívia. Os que prosseguiram marcharam pelo Brasil durante dois anos e três meses, percorrendo vinte e cinco mil quilômetros por vários estados brasileiros. Essa foi a Coluna Prestes, que derrubou 18 comandantes governistas sem sofrer nenhuma derrota.


Durante sua palestra, a historiadora afirmou não haver, até hoje, uma bibliografia de significativo conteúdo acerca de Luis Carlos Prestes, e emendou que sua história e trajetória de vida foram muito deturpadas ao longo do tempo. Para a filha do casal Prestes, a Coluna foi uma mostra importante do que é possível ser feito com a força de vontade e engajamento do povo brasileiro.


Após a palestra houve debate com os estudantes e demais participantes.

 Anita Leocádio contou detalhes da marcha da Coluna Prestes.

 Universitários, pesquisadores e estudantes do pré-vestibular FazArte compunham o público.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Estudantes sofrem ataque indiscriminado da polícia

No último sábado (27), cerca de 120 jovens, que se encontravam em um lugar conhecido por ser um local de entretenimento dos estudantes, sofreram um ataque indiscriminado por parte da polícia do Departamento de Cauca, na cidade de Popayán (Colômbia). O informe policial, ao qual teve acesso um familiar de uma estudante detida, narra como se, segundo os policiais, as pessoas reunidas estivessem celebrando o aniversário das FARC-EP (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo), motivo pelo qual se fazia necessária a dispersão deles do local. A ação terminou com vinte cidadãos feridos.
O fato começou próximo das dez horas da noite, quando dois policiais chegaram ao lugar. Eles pediam a dispersão dos estudantes, em sua maioria da Universidade de Cauca. Diante da passividade deles, os uniformizados pediram apoio com seus rádios de comunicação. Minutos depois chegaram várias patrulhas motorizadas e iniciaram uma ação violenta, realizando golpes com objetos contundentes contra as pessoas. Foram utilizados gás lacrimogêneo, bombas de efeito moral, disparos com balas de borracha e armas de fogo e pedras.
A ação violenta das forças do Estado Colombiano, que teve uma duração aproximada de 30 minutos, afetou, além dos estudantes, os residentes do bairro Caldas, onde ocorreu o ataque. Os moradores viram-se obrigados a sair de suas casas com crianças que estavam asfixiando pelo efeito dos gases lacrimogêneos. Os estudantes, por sua vez, além dos golpes, foram chamados de guerrilheiros, terroristas e ameaçados de morte. Vários estudantes ficaram com lesões no rosto e na cabeça por objetos contundentes e hematomas nas extremidades inferiores.
A estudante detida foi Lina María Burbano que andava sozinha até a Faculdade da Educação, quando foi abordada por um grupo de policiais e levada para uma Unidade de Reação Imediata (IRA), onde foi privada de sua liberdade por aproximadamente 13 horas. A denúncia policial pretende atribuir a ela a responsabilidade por lesões pessoais e violência contra servidor público.
Diante disso, a nota da Rede de Direitos Humanos do Sul Ocidente Colombiano "Francisco Isaías Cifuentes” responsabiliza o Estado Colombiano, o Governo do Departamento de Cauca e o coronel Carlos Ernesto Rodríguez, comandante do Comando de Polícia Cauca, por essas violações ao Direito Internacional dos Direitos Humanos.
Eles exigem também ao Escritório do Alto Comissionado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (OACNUDH, sigla em espanhol) "o cumprimento de seus mandatos como observadores para que o estado colombiano cumpra com suas obrigações constitucionais e com relação aos direitos humanos”. Solicitam, portanto, que se iniciem investigações para que se busquem as normas internas e externas as quais o estado colombiano se comprometeu a respeitar, mas não está cumprindo.
Aos entes governamentais responsabilizados, a Rede de Direitos Humanos pede que se desenvolvam as ações legais necessárias para determinar as responsabilidades coletivas e individuais pelas violações. Além disso, que sejam tomadas as medidas necessárias para garantir os direitos essenciais dos "habitantes do município de Popayán que estão sendo afetados pela ação arbitrária das forças regulares” da Colômbia.